No começo de junho, Bolinha teve uma crise de dor na cervical e foi parar na emergência veterinária. Para oferecer uma melhor qualidade de vida para ele, sem dor e sem agravamento da crise, recorremos à acupuntura. Através dela, descobrimos um novo mundo para o quarteto: o das terapias integrativas.
Antes conhecidas como terapias complementares ou terapias alternativas, a terapia integrativa é a junção de técnicas com foco em ver o ser vivo como um todo. Pautada pela multidisciplinaridade e com o objetivo de promover mais equilíbrio vital e bem-estar, ela também está disponível para os pets, bem como para os seres humanos.
Para te explicar tudo sobre essas técnicas, conversamos com a médica veterinária Daniela Santos Cichielo, clínica geral e medicina integrativa com pós-graduação em acupuntura, especialização em ozonioterapia e habilitação em fitoterapia chinesa, laser acupuntura, auriculoterapia, Cannabis Medicinal e Reiki e também com o pranaterapeuta Gabu Camacho, especializado em terapias energéticas para humanos com habilitação em florais, ervas e cristais e pós-graduação em Psicanálise Clínica.
Para Daniela, atualmente a denominação de terapia complementar foi mudada para terapia integrativa. “A acupuntura, ozonioterapia, aromaterapia, reiki, radiestesia e outros tratamentos deixaram de ser simplesmente um tratamento alternativo ou complementar para muitas vezes, ser o único tratamento ou o melhor tratamento. Dessa forma, a medicina integrativa se torna a união de todas as possibilidades de tratamento visando o bem-estar daquele paciente”, explica.
De acordo com Gabu, as técnicas aplicadas em seres humanos, estão cada vez mais populares também em animais. “A terapia energética acredita que as doenças chegam primeiro nos corpos etéricos e depois, se manifestam nos corpos físicos. Mantendo uma rotina básica de limpeza e energização, podemos aumentar muito o bem-estar e a prevenção”, conta.
Acupuntura
A acupuntura é um tratamento milenar que se baseia na colocação de agulhas em pontos do corpo humano ou do animal, entre eles, cães, gatos, cavalos e até mesmo aves e animais silvestres. Ela é conhecida pela ação no alívio da dor aguda ou crônica e no tratamento de enfermidades neurológicas.
“Além disso, ela pode tratar ou auxiliar doenças infecciosas, neoplasias, doenças crônicas, urinárias, ginecológicas e melhorar as funções renal, hepática, digestória, hematológica, cardíaca e principalmente, neurológica”, diz Daniela.
Com a acupuntura, portanto, é possível tratar qualquer tipo de enfermidade e em qualquer espécie, estimulando pontos – chamados de acupontos-, que são estimulados com agulhas ou com laser, que atravessam o ponto e faz com que o estímulo module todo o organismo, sedando, tonificando, dando ou tirando calor e umidade, vento ou frio.
Reiki e terapia prânica
O reiki é uma técnica criada no Japão, que consiste na imposição de mãos para transferência de energia. Dessa forma, acredita-se no alinhamento dos centros de energia do corpo, também conhecidos como chakras.
A terapia prânica tem uma premissa parecida: baseia-se na limpeza e energização do corpo energético para que as doenças não cheguem no corpo físico, tanto humano, quanto animal.
“A terapia prânica é uma técnica não-invasiva que busca limpar, energizar e proteger os nossos corpos de energia. Atualmente, vemos essas técnicas cada vez mais populares entre nós, tutores, mas também, ganhando espaço entre pets e até mesmo plantas, desde que se tenha habilitação para isso”, alerta Gabu, que recomenda médicos veterinários como Daniela para terapias integrativas em animais.
Fitoterapia
A fitoterapia chinesa remonta a mais de 2000 anos. No ocidente, conhecemos apenas como fitoterapia, mas as fórmulas magistrais tem em sua composição plantas, minerais e até mesmo, componentes animais, que são proibidos no Brasil e então, modificados.
“As fórmulas chinesas são escolhidas de acordo com o padrão da doença envolvida. Por exemplo: um animal idoso com artrose, após uma avaliação, podemos identificar uma deficiência de yin do rim. Então, buscamos uma fórmula que ajude nesta deficiência. Não adianta fazer um diagnóstico pela medicina ocidental e tentar buscar uma fórmula da fitoterapia chinesa como base no ocidente”, ressalta Daniela.
Florais, cristais e ervas
Os florais de Bach levam em consideração aspectos espirituais e psicológicos na aplicação das essências. Acessível a quase todas as pessoas, atuam sobre a desarmonia que afeta o paciente e preparam o caminho para uma pronta recuperação dos sintomas físicos. No entanto, é preciso cautela: “É importante que o tutor não forneça o mesmo floral que usa para ansiedade, por exemplo, ao seu pet. São organismos diferentes, que precisam de formulações diferentes”, aponta Gabu.
Já os cristais e as ervas são aliados naturais de longa data e que são versáteis. Cada pedra e cada erva possui uma propriedade diferente que pode ser absorvida pelos pets em determinados tratamentos. Basta deixar um cristal de quartzo rosa, devidamente protegido em um saquinho com arruda embaixo da cama do seu neném de quatro patas, por exemplo, para fazer uma limpeza energética toda vez que ele passar por ali. Ou então, deixá-lo em contato com uma coleira de âmbar para melhorar o sistema imunológico e combater processos inflamatórios.
Independente da terapia que você escolher, o Cantinho do Bolinha faz um alerta: converse sempre com seu médico veterinário e não abandone os tratamentos convencionais. A melhora vem da soma de forças no tratamento integrativo, tendo uma visão holística da situação, não com substituições sem recomendação.